quarta-feira, fevereiro 28, 2007
Surrealismo
A palavra surrealismo havia sido criada em 1917 pelo poeta Guillaume Apollinaire (1880-1918), ligado ao cubismo, para identificar novas expressões artísticas. É adotada pelos surrealistas por refletir a idéia de algo além do realismo.
O início do movimento se dá por volta de 1922. No manifesto e nos textos teóricos posteriores, os surrealistas rejeitam a ditadura da razão e os valores burgueses. Humor, sonho e a contralógica são os recursos a ser utilizados para libertar o homem da existência utilitária.
Em 1929, os surrealistas publicam um segundo manifesto e editam a revista A Revolução Socialista. Entre os artistas ligados ao grupo, em épocas variadas, estão os escritores franceses Paul Éluard (1895-1952), Louis Aragon (1897-1982) e Jacques Prévert (1900-1977), o escultor italiano Alberto Giacometti (1901-1960), o dramaturgo francês Antonin Artaud, os pintores espanhóis Salvador Dalí e Joan Miró, o belga René Magritte, o alemão Max Ernst, e o cineasta espanhol Luis Buñuel.
Nos anos 30, o movimento internacionaliza-se e influencia várias outras tendências, conquistando adeptos em países da Europa e nas Américas. Em 1969, após sucessivas crises, o grupo dissolve-se.
ARTES PLÁSTICAS – A pintura pode ser considerada a principal manifestação artística do surrealismo. Rejeitada como meio de representação do mundo concreto ou da emoção do artista, ela deve expressar o inconsciente.
O movimento divide-se em duas vertentes. Uma mantém o caráter figurativo, mas produz formas inusitadas a partir da distorção ou justaposição de imagens conhecidas. Um exemplo é A Persistência da Memória, de Dalí. Em um espaço representado convencionalmente, relógios parecem estar se derretendo.
Os artistas da outra vertente radicalizam o automatismo psíquico, para que o inconsciente se expresse livremente, sem controle da razão. Entre os expoentes estão Miró e Ernst. As telas do primeiro caracterizam-se por composições de formas coloridas construídas com linhas fluidas e curvas, como em O Carnaval de Arlequim e A Cantora Melancólica.
Na escultura destaca-se o suíço Alberto Giacometti (1901-1966), autor da peça de madeira, arame, fios e vidro O Palácio às Quatro da Manhã.
CINEMA –Os filmes não revelam preocupação com enredo ou história. As imagens expressam desejos não racionalizados e aversão à ordem burguesa. Buñuel, em parceria com Dalí, faz Um Cão Andaluz (1928) e L'Âge D'Or (1930).
LITERATURA – Tanto a poesia como o romance tradicionais são rejeitados pelos surrealistas. A livre associação de idéias expressa o funcionamento do inconsciente. Por vezes são reunidas aleatoriamente frases ou palavras recortadas de jornais. O poeta Éluard, autor de Capital da Dor, adota esse processo de criação. André Breton, além dos textos teóricos do movimento, escreve obras ficcionais, entre elas Nadja, O Amor Louco e Os Vasos Comunicantes.
TEATRO – O surrealismo serve de base para que Artaud elabore seu teatro da crueldade. Poeta, dramaturgo, diretor e ator francês, ele tem como proposta despertar as forças inconscientes do espectador, para libertá-lo do condicionamento imposto pela civilização. Não há separação rígida entre palco e platéia. Parte de sua teoria está exposta no livro O Teatro e Seu Duplo (1936). A montagem mais representativa é a do texto Os Cenci (1935), sobre uma família italiana do Renascimento. Nos anos 40 e 50, os princípios do surrealismo influenciam o Teatro do Absurdo.
SURREALISMO NO BRASIL – O surrealismo é uma das muitas influências captadas pelo modernismo. Nas artes plásticas há traços surrealistas em algumas obras de Tarsila do Amaral, como na tela Abaporu, e Ismael Nery, cuja tela Nu mostra uma mulher branca de um lado e negra do outro. No início da carreira, o pernambucano Cícero Dias (1908-) pinta Eu Vi o Mundo, Ele Começava no Recife, obra que apresenta todas as características surrealistas. Entre os escultores o movimento influencia Maria Martins (1900-1973). Suas peças têm caráter fantástico, como o bronze O Impossível, em que bustos humanos têm lanças no lugar da cabeça.
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segunda-feira, fevereiro 26, 2007
Iluminismo
O iluminismo tem origem no Renascimento, o primeiro grande momento de construção de uma cultura burguesa, na qual a razão e a ciência são as bases para o entendimento do mundo. Para o iluminismo, Deus está na natureza e no homem, que pode descobri-lo por meio da razão, dispensando a Igreja. Afirma que as leis naturais regulam as relações sociais e considera os homens naturalmente bons e iguais entre si - quem os corrompe é a sociedade. Cabe, portanto, transformá-la e garantir a todos liberdade de expressão e culto, igualdade perante a lei e defesa contra o arbítrio. Quanto à forma de governo para a realização da sociedade justa, uns defendem a Monarquia constitucional, outros a República.
Em Ensaio sobre o Entendimento Humano (1689), o inglês John Locke trata a experiência como fonte do conhecimento, que é organizado depois pela razão. Locke defende também o individualismo liberal contra o absolutismo monárquico. O escritor francês Montesquieu propõe na obra Do Espírito das Leis (1751) a independência dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário como garantia da liberdade. Voltaire critica a Igreja e defende a Monarquia comandada por um soberano esclarecido. O suíço Jean-Jacques Rousseau torna-se o iluminista mais radical, precursor do socialismo e do romantismo. No livro O Contrato Social (1762) posiciona-se a favor do Estado democrático, voltado para o bem comum e a vontade geral, que inspira os ideais da Revolução Francesa. É dele a noção do "bom selvagem", que representa o homem nascido bom e sem vícios, mas depois pervertido pelo meio social. Outra obra tipicamente iluminista é Enciclopédia, elaborada pelos franceses Denis Diderot e D'Alembert. Fundada no racionalismo, recusa todo saber ligado à religiosidade.
Na economia, o iluminismo é representado pela fisiocracia, que considera a terra única fonte de riqueza de uma nação, e pelo liberalismo econômico, que defende a não-intervenção do Estado na economia.
As idéias iluministas influenciam alguns governantes, que procuram agir segundo a razão e o interesse do povo, sem contudo abrir mão do poder absoluto – o que dá origem ao despotismo esclarecido no século XVIII.
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domingo, fevereiro 25, 2007
Política _O que é isso?
Um conhecido dicionário traz as seguintes definições para o verbete "política":
· Princípio doutrinário que caracteriza a estrutura constitucional do Estado.
· Sistema de regras respeitantes à direção dos negócios públicos.
· Maneira hábil de agir, astúcia, ardil, artifício, esperteza.
A última definição é, sem dúvida, a que melhor caracteriza a política em nossa época. Aliás, o termo "politiqueiro", definido nos dicionários como "aquele que em política se utiliza de processos menos corretos", e também "indivíduo intrigante, mexeriqueiro", apareceu pela primeira vez no ano de 1899, como que num prenúncio do que seria a política no século XX.
Sinônimo ainda de corrupção e atuação em benefício próprio, a política atual é mais um dos frutos podres que a humanidade tem de deglutir agora no Juízo, um efeito decorrente da atuação errada de povos inteiros, um carma coletivo.
Nenhum dos regimes de governo atualmente em vigor está de acordo com as Leis naturais e, por isso, não há possibilidades de que possam subsistir no Juízo. O colapso recente do comunismo em escala mundial, que em pouquíssimo tempo virou pó, é apenas mais um dos muitos efeitos do Juízo Final, o qual atua em todos os aspectos da vida humana e elimina tudo quanto é errado, doentio e nocivo.
Em épocas passadas, quando a humanidade ainda estava ligada à Luz, os regimes de governo também eram diferentes. Na Caldéia, em Sabá e no Império Inca vigoravam a verdadeira arte de governar, em consonância com as Leis da Criação. Poder-se-ia chamar esses regimes de autocracias, porém com diferenças fundamentais em relação ao conceito que se tem hoje desta forma de governo.
Em primeiro lugar, a autocracia daqueles tempos não era o "regime do mais forte", e sim o "regime do mais sábio". E mais sábio era aquele que melhor compreendia as Leis da vida e que mais desenvolvido se encontrava espiritualmente. Os dirigentes eram pessoas que já nasciam predestinadas a governar. Traziam em si um sentido incorruptível da verdadeira justiça e, com a sua visão mais ampla que os demais, estavam aptos a reconhecer de que forma deveriam conduzir o povo, para que este alcançasse seu máximo desenvolvimento espiritual e terreno. Uma maneira de governar que o ser humano de hoje sequer consegue imaginar, preferindo taxá-la de fantasia…
Os povos daqueles tempos reconheciam com gratidão a sabedoria dos seus governantes e, por isso, seguiam à risca, confiantemente, as diretrizes de governo. A mais importante dessas diretrizes dizia respeito à religião, a qual constituía o ponto central na vida desses povos. Os dirigentes não toleravam o mínimo desvio em relação à verdadeira crença, pois conheciam os efeitos da mentira e das falsas concepções religiosas sobre a alma humana. Sabiam que cada mentira religiosa, aceita como verdadeira, significava uma dose a mais de um veneno mortífero para alma, que acabaria por destruí-la totalmente.
Os seres humanos daquelas épocas remotas aprendiam que deveriam esforçar-se para alcançar o mais alto grau de enobrecimento espiritual, pois era esta a maneira certa de retribuir um pouco ao seu Criador todas as graças e auxílios que recebiam durante a sua vida. O texto a seguir foi proferido por um sábio da Caldéia1:
"Nossos ensinamentos têm um ponto central, em torno do qual gira toda a nossa vida. Esse ponto central é o Onipotente Criador, ao Qual devemos nossa vida! Ele nos dá a vida. E nossa maior preocupação é provar que somos dignos dessa dádiva."
Os habitantes daqueles países integravam-se naturalmente em castas sociais; não umas sobre as outras, mas umas ao lado das outras. Não havia evidentemente nenhum tipo de opressão, mas todas as castas, da mais alta à mais baixa, eram consideradas de igual importância, pois o bem do país e do povo dependiam do trabalho harmonioso de todas elas, segundo as capacitações de cada um. As castas se formavam de acordo com a maturidade espiritual das pessoas. A mais elevada era a formada pelos sábios.
Poderíamos fazer uma analogia desse tipo de governo com um navio que singra o oceano. A segurança e a tranqüilidade da viagem dependem da atuação conjunta e harmoniosa de todos os membros da tripulação. O capitão do navio tem a missão de levá-lo em segurança a um bom destino, pois é ele quem melhor está capacitado para isso e de seu posto de observação tem a mais ampla visão dos acontecimentos. Compete a ele também dar as diretrizes corretas no caso da aproximação de tempestades perigosas, que possam por em risco o destino final da viagem. O pessoal que trabalha no convés, na casa de máquinas e na manutenção da embarcação não têm a visão do comandante, mas confiam nele integralmente e trabalham diligentemente para que os motores funcionem bem e o leme mantenha-se firme. Da mesma forma, sem o seu importante trabalho, a viagem também não chegaria a bom termo.
O navio é a nação; a viagem é a vida terrena, que deve estar voltada para a ascensão espiritual e o progresso terreno; as tempestades são todos os perigos que ameaçam o curso da viagem, como o surgimento de falsos profetas, doutrinas distanciadas da Verdade, influências nocivas, comodismo, falta de vigilância espiritual e terrena, etc.; o capitão é o sábio dirigente que, destacando-se espiritualmente dos demais, indica com energia e justiça o rumo a seguir; os outros membros da tripulação, que têm variadas funções a bordo, constituem as castas que se formam automaticamente de acordo com as capacitações e o desenvolvimento interior de cada um.
Não há atualmente sobre a Terra nenhum resquício de regime de governo que sequer se aproxime da forma correta de outrora. Na realidade, nenhum povo hoje merece ser governado assim, mas, ao contrário, apenas por essa classe degenerada de políticos que mais parece um câncer mundial, interessada apenas em proveitos e vantagens pessoais. No entanto, isso é também um efeito retroativo da própria atuação do povo, muito mais interessado em direitos do que em deveres, e propenso a ser seduzido por um palavreado vazio em épocas de campanha eleitoral. Cada povo tem, literalmente, o governo que merece.
O regime de governo considerado hoje como o mais aperfeiçoado é a democracia, que significa "governo do povo". É o regime onde a vontade da maioria é soberana. Pressupõe, portanto, que a maioria conheça melhor do que a minoria a diretriz correta a ser dada ao país e ao próprio povo.
A democracia não leva em conta, porém, uma circunstância muito simples: a profunda decadência espiritual da quase totalidade da humanidade. Assim, a vontade da maioria das pessoas hoje dirige-se predominantemente para baixo, para o que é do mal, das trevas, como uma decorrência natural do desligamento voluntário da Luz. Nunca a vontade da maioria de indolentes seres humanos exigirá alguma ação governamental que estimule o progresso espiritual. Essa massa inerte só vai querer saber sempre de vantagens, nunca de obrigações.
A este respeito, o grande físico Albert Einstein disse o seguinte: "Às massas, por toda a parte, falta a capacidade de julgamento político independente. Pode-se levar o povo de qualquer país, no espaço de duas semanas, a um tal grau de ódio e histeria que seus membros individuais estarão prontos para matar ou ser mortos, em armadilhas militares, por qualquer motivo, sem que se leve em conta o mérito pessoal." O filósofo americano John Dewey resumiu desta forma seu conceito sobre política: "A política é a sombra projetada sobre a sociedade pelos grandes negócios."
Nas campanhas eleitorais, os políticos fazem várias promessas de atendimento aos anseios dessa maioria. Eles mentem de antemão descaradamente, sabendo que se trata de promessas que jamais serão cumpridas, seja por total desinteresse ou por serem mesmo inexeqüíveis. Os raríssimos políticos sinceros, que com grande esforço conseguem atender algumas dessas reivindicações, percebem, desolados, que materializados seus projetos eleitorais, o resultado prático é quase nulo. A urbanização de favelas, por exemplo, em nada reduz os índices de violência e criminalidade nas metrópoles; escolas, postos de saúde e cabines telefônicas estão invariavelmente sujeitos a atos de vandalismo pelos que deveriam cuidar desse patrimônio.
A primeira forma de regime democrático surgiu na Grécia antiga, em Atenas, no ano 508 a.C. Platão, que era ateniense, foi um crítico severo da democracia. Naquela época, quem tinha o dom da oratória dominava a cena política, independentemente das idéias defendidas. O poder ficava centralizado na "Assembléia dos Cidadãos", cujos representantes eram escolhidos por sorteio para um mandato de um ano. Relatos da época informam que o comparecimento à Assembléia era freqüentemente escasso, já que muitos dos integrantes preferiam ocupar-se de seus negócios particulares… Interessante como essa característica tão marcante da democracia permaneceu inalterada até a nossa época.
Um recente ensaio publicado sobre a democracia ateniense, de autoria de José Américo Pessanha, é taxativo quanto ao tipo de política que se desenvolvia sob esse regime: "Parecia não existir em Atenas um partido no qual um homem que não quisesse abrir mão de princípios éticos pudesse se integrar."
Na época do surgimento da democracia, a humanidade há muito já não sabia o que era um regime de governo correto. E daí para a frente não foi diferente. Do Império Romano até o século XVIII predominaram os regimes absolutistas, em que os respectivos reis se atribuíam "origem divina". Essa idéia tão pouco modesta conseguiu sobreviver até o nosso século por intermédio do imperador do Japão, que era tido por si e pelos súditos como um "ser de origem divina". Somente após a derrota na Segunda Guerra Mundial foi que o imperador declinou da sua "divindade".
Os regimes democráticos espalharam-se pelo mundo na segunda metade do nosso século. No mundo ocidental a propaganda democrática pregava que este era o regime de governo das pessoas de bem, em contraposição ao totalitarismo dos regimes de força, em especial os do mundo comunista. Apesar dos esforços de ambos os lados em proclamar as vantagens de suas diferenças, a mais destacada característica da democracia e do totalitarismo sempre foi uma só: corrupção.
Para o dirigente poder governar num regime democrático ele tem de fazer concessões, pois sem isso não terá a necessária base parlamentar de apoio. Esse apoio, porém, tem um preço: nomeação de políticos e apadrinhados para cargos públicos, tráfico de influência, negócios escusos com empresas públicas, etc.
O totalitarismo comunista, por sua vez, que visava eliminar as classes sociais, gerou apenas duas: a dos privilegiados e a dos miseráveis. A corrupção na cúpula do governo e entre altos funcionários públicos nunca pôde ser dissimulada. Milovan Djilas, um dos homens mais influentes do governo iugoslavo, certa vez confessou: "Vi comunistas disputando entre si palacetes, privilégios, medalhas, condecorações." Aliás, a doutrina materialista do comunismo até justifica este procedimento, pois se não há nada depois da morte e só a vida terrena e prazeres materiais têm importância, então é bastante lógico envidar todos os esforços para usufruir a maior quantidade possível desses prazeres, enquanto ainda se está vivo…
A tragédia do destino humano espelha-se numa forma particularmente sinistra na política do século XX. Em seu livro com o sugestivo título de O Fim da Democracia, Jean-Marie Guéhenno faz algumas observações corretas sobre a política (em meio a outros tantos conceitos errôneos): "As palavras democracia, política, liberdade definem o nosso horizonte mental, mas não temos mais certeza de reconhecer seu verdadeiro sentido, e a nossa adesão depende muito mais de reflexos do que da reflexão.(…) A política, longe de ser o princípio organizador da vida dos homens na sociedade, aparece como uma afinidade secundária, até uma construção artificial, pouco adaptada a solucionar os problemas práticos do mundo contemporâneo."
Não seria possível mencionar aqui todos os casos de corrupção que já vieram à tona, particularmente nos últimos anos. Vários volumes bem documentados poderiam ser escritos apenas sobre essa característica básica da política atual.
O que deve chamar a atenção das pessoas é o aparente aumento da corrupção em escala mundial. Esse aumento é, de fato, aparente, pois o que ocorre é que como tudo quanto é errado é obrigado a se mostrar agora, em razão da força do Juízo, toda a sujeira que estava escondida aparece repentinamente, e os casos de corrupção ganham cada vez mais espaço nos jornais e noticiários. É essa a resposta certa a ser dada, por exemplo, ao jornalista Gilles Lapouge, que num recente artigo sobre a corrupção mundial indagava: "A Europa desmorona sob a corrupção. (…) Uma primeira questão: a corrupção aumentou vertiginosamente, de repente, ou foi a repressão à corrupção que se intensificou loucamente?" Outra questão do mesmo jornalista também merece destaque: "Será um acaso ou necessidade o fato de esse grande desejo de limpeza coincidir com a queda do Muro de Berlim e do comunismo?"
Resposta: Não é acaso! O grande desejo de limpeza sentido por muitos, e a limpeza propriamente dita, como a evidenciada pela queda do Muro de Berlim e do comunismo, são apenas decorrências do desenrolar do Juízo Final na Terra, que reforça o que é bom e desintegra o que é errado no momento previsto, sem se importar com as opiniões dos povos e as ações de seus governantes. Um ano antes da queda do muro, Estados Unidos, União Soviética e Alemanha Ocidental discutiam em Genebra a formação de uma confederação das duas Alemanhas para o ano 2005...
Recentemente, a jornalista Patrícia Clough escreveu um artigo sobre a corrupção na Alemanha, país até a pouco considerado imune a esse tipo de problema. As seguintes passagens extraídas da matéria mostram a perplexidade do povo e das autoridades retratada pela jornalista: "Embora [os alemães] tenham apostado num sistema que acreditavam ser honesto e eficiente, a verdade está enfim vindo à tona: o país está sendo engolido pela corrupção. (…) ‘A corrupção está se propagando como um vírus epidêmico’, diz Hanz Ludwig Zachert, chefe do Departamento Federal de Criminologia.
"Não importa a área, todas estão envolvidas em pagamentos de propinas, troca de favores, tratamento preferencial, transgressão dos códigos e irregularidades em troca de benefícios ilegais’."
Até um simpósio internacional sobre corrupção foi organizado em 1995, em Paris. Durante o evento, Jean-Claude Paye, secretário-geral da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico, fez uma declaração que resumiu a situação existente em todas as nações do planeta: "As práticas de corrupção têm minado a legitimidade política das instituições e diminuído a eficácia dos governos e da administração, constituindo um forte obstáculo ao bom desempenho econômico." Também naquele ano uma instituição alemã, chamada Transparência Internacional, elaborou um rancking dos países mais corruptos do mundo, com 41 participantes. Em 1996, o clube foi ampliado para 54 membros, ano de estréia também da "Conferência Hemisférica sobre a Corrupção", realizada em Caracas sob o patrocínio da Organização dos Estados Americanos.
A corrupção se alastrou tanto que há até quem tente justificá-la. Tentando explicar a corrupção no serviço público, um certo escritor teve o desplante de colocar isso no seu livro: "A corrupção somente chega a ser nociva se não estiver generalizada, pois então representaria um acesso ‘desigual’ aos serviços do poder público. Mas a partir do momento em que este poder público se contente em prestar ‘serviços’, não há nada de anormal, numa economia de mercado, que estes sejam remunerados. (…) A transação é consagrada como única verdade da nossa era, e qualquer demanda pagável é uma demanda legítima. Como não faríamos do bezerro de ouro a nossa divindade suprema?"
Há algo de mais profundo nessa tentativa de justificar a corrupção.
Um dos mais nítidos sinais de decadência geral é a mudança dos conceitos ao longo do tempo. Na humanidade contemporânea isso se mostra com uma clareza impressionante, que tem de chamar a atenção de qualquer um que apenas vagamente observe de vez em quando o mundo a seu redor. Essa alteração dos conceitos acontece em todos os aspectos da vida humana: na moral, nas relações profissionais e familiares, nas práticas religiosas… O que até há pouco era terminantemente considerado como errado, passa em pouco tempo a ser admitido como certo. O autor acima, com sua infeliz opinião, foi apenas um instrumento para justificar a vontade e a atuação erradas de milhões de pessoas. Apesar de provavelmente a maioria ainda discordar de sua opinião (pelo menos exteriormente), o autor é apresentado na crítica literária como alguém especialmente dotado, que pensa adiante do seu tempo…
Outro caso que merece ser comentado foi o final de um programa de televisão brasileiro, em que os telespectadores ligam e votam em alguma decisão crucial a ser tomada pela personagem central da história, alterando assim o desenrolar da trama e o seu final. No episódio "Cobiça", os telespectadores consentiram que uma secretária se juntasse ao chefe num esquema de lavagem de dinheiro montado por ele, ao invés de denunciá-lo ou se demitir da empresa. Num programa anterior da série, intitulado "Achados e Perdidos", uma pessoa encontra uma mala cheia de dólares e descobre quem é o dono; as opções eram devolver o dinheiro ou ficar com ele. O público decidiu ficar com o dinheiro. Este mesmo programa apresentou idêntico final quando exibido na Inglaterra e Espanha.
Como já foi dito, seria impossível mencionar todos os casos de corrupção que foram notícia nas últimas décadas, muito menos em todo o século. Aliás, isto nem seria necessário para se demonstrar o crescimento dessa principal excrescência da política moderna. Uma leitura diária de jornais é plenamente suficiente. Vamos, contudo, dar um pequeno panorama de alguns casos de corrupção que ocorreram em período recente em algumas nações importantes politicamente. Nas nações subdesenvolvidas ou em desenvolvimento a corrupção já é uma instituição nacional, porém como esses países têm menor importância no cenário político, as falcatruas raramente ou nunca são noticiadas.
sexta-feira, fevereiro 23, 2007
A revolução
Esta revolução foi resultado do descontentamento da população com os privilégios da nobreza, do clero e da alta burguesia.
Características:
· O absolutismo concentrava em suas mãos todo o poder político
· O Mercantilismo visava o fortalecimento do Estado através da riqueza do poder.
· A França do século XVIII era um país agrário, com poucas indústrias.
· Havia perdido muito dinheiro com a guerra dos 7 anos (independência dos EUA).
A sociedade era dividida em :
1- Clero: insento de impostos – direito de explorar o ensino.
2- Nobreza: insenta de impostos – direitos feudais – cargos públicos.
3- O restante da população (sans-culotes), desde os camponeses aos ricos comerciante, que eram apoiados pelos ilumimnistas que defendiam e propagavam a liberdade de pensamento, ideais e liberdade democrática.
Em meio a uma enorme crise financeira, o rei tenta fazer reformas para sanar a crise sendo impedido pelas classes privilegiadas, assim o rei resolve convocar a Assembléia dos Estados Gerais (clero, representantes da nobreza e o povo), sendo que o sistema de votação era problemático, logo a burguesia desejava por fim ao absolutismo afim de realizarem reformas políticas, sociais e econômicas e se auto proclamar Assembléia Nacional Constituinte dando limites ao poder do rei. O rei Luis tenta fechá-la, mas devido a várias revoltas populares a Bastilha (prisão onde o rei guardava seus inimigos) é invadida e o povo arma-se passando a defender a Assembléia Constituinte, havendo com isso o recuo do rei.
Apesar de unidos contra o rei, o 3° estado divide-se para melhor representar a sociedade. Características dos dois governos:
1° FASE
Governo Girondino (alta burguesia)
Governo jacobino (pequena burguesia)
Povo insatisfeito;
Visavam o lucro e propriedade;
Guerra contra reis absolutistas;
Guerra interna (nobres contra a revolução);
Declaração dos direitos do homen e do cidadão;
Acabou com a servidão;
Mão-de-obra assalariada;
mercado consumidor;
proibição das greves;
países vizinhos tentam invadir a França;
rei foi preso acusado de traição;
os jacobinos vacilam.
Jacobinos se fortalecem e declaram a Pátria em perigo;
Criação de um exército popular;
Robespierre – executa racicais e moderados (35.000 mortos);
cria Comitê de Salvação Pública – controlar a Comuna de Paris e evitar excessos;
Tribunal Revolucionário – julga todos os inimigos da Revolução;
Julgamento do rei;
Leis populares (tabelamento do pão e aluguel)
Lei do máximo
Disputas internas devido a violência, permite a volta dos Girondinos ao poder.
2° FASE
Os Girondinos voltam ao poder e organizam um novo regime constitucional chamado de Diretório onde se mantia a República, mas o poder executivo passava a ser exercido por cinco membros denominados diretores, eleitos por conselhos, formados por ricos proprietários. A volta da burguesia ao poder significava a anulação dos direitos do povo, volta do voto censitário, o fim do tabelamento do pão e do aluguel. Nessa época o setor militar conquistava grandes vitórias destacando-se o general Napoleão Bonaparte que se tornou herói nacional.
Por medo de perder seu poder devido a crise interna da França, a burguesia transfere o poder a Napoleão para que qualquer rebelião fosse sufocada, pois assim manteria seu poder. Este golpe ficou conhecido como o 18 de Brumário. Napoleão, aproveitando-se do seu prestígio popular derruba o Diretório e institui o Consulado.
Com isso consolidou-se o poder da burguesia e a revolução chegou a seu fim por volta de 1799 – marcando assim o fim do absolutismo na França, a independência das colônias inglesas na América e inicio do movimento de independência das colônias da América Central e do Sul.
quinta-feira, fevereiro 22, 2007
DST
PERGUNTANDO SOBRE O PLOBLEMA
Estas perguntas foram feitas por pessoas que participaram de atividades em educação para a saúde executada por nossa equipe.
SE EDUCAR DÁ PARA EVITAR
As Doenças sexualmente transmissíveis são transmitidas de pessoa a pessoa através do contato sexual, portanto é possível evitá-la, bastando, para isso, não manter relação sexual com pessoas portadoras de tais doenças. Algumas pessoas não sabem que são portadoras dessas moléstias, pois não apresentam manifestações evidentes no corpo e por vezes desconhecem estas manifestações. As principais doenças sexualmente transmissíveis serão descritas de maneira bem reduzida.
DIAGNÓSTICO/TRATAMENTO
Em muitos casos, o médico diagnostica a doença no momento da consulta; são solicitados exames laboratoriais para confirmação diagnóstica. Sempre que possível, os parceiros sexuais devem comparecer à consulta para investigação clínica. Na maioria dos casos, o tratamento é fácil e normalmente as manifestações clínicas desaparecem em curto espaço de tempo.
SÍFILIS
Também conhecida com Lues, começa com uma discreta lesão (pequena ferida) nos órgãos genitais (pênis, vulva, vagina, colo uterino) que não causa dor, geralmente única, que aparece 20 a 30 dias após a relação sexual contaminada. Esta pequena lesão é chamada de Cancro Duro, que desaparece espontaneamente em 1 mês. Depois de aproximadamente 10 dias do aparecimento do Cancro Duro, surgem caroços nas virilhas (as ínguas) que somem, apesar de não tratadas. Fica-se algum tempo (30 dias) sem manifestações para então aparecerem manchas avermelhadas na pele, que parecem uma alergia, porém com uma diferença: geralmente não coçam. Daí, então, a doença evolui com aparecimento eventual de alterações na pele e mucosa, principalmente ao redor dos órgãos genitais. Depois de 1 a 2 anos de evolução, a doença entra na fase de latência (ausência de manifestações no corpo). Depois desse período, a doença pode evoluir para fase tardia, principalmente com lesões no coração e cérebro. A doença só continua quando não ocorre tratamento adequado. As gestantes com Sífilis podem abortar ou gerar crianças com graves problemas ou mesmo mortas, quando não tratadas. A Sífilis tem como agente causador uma bactéria espiroqueta, Treponema pallidum. Existe um exame de sangue (sorologia) que serve para fazer o diagnóstico e controlar a cura da doença. O importante é que este exame só fica positivo após 5 semanas do contato sexual contaminante e sua negativação, em muitos casos, só ocorre vários meses após o tratamento. Em algumas pessoas, este exame pode ficar positivo (em concentração muito baixa) por toda a vida, mesmo depois da cura completa da doença. É sempre necessário orientação do médico, pois só ele sabe interpretar os resultados de sorologia para Sífilis.
GONORRÉIA
No homem inicia-se após um período que varia de 2 a 10 dias do contato sexual, com uma secreção amarelada e viscosa na uretra (canal do pênis), seguida de ardência e dor ao urinar. Já na mulher pode não haver manifestações (forma assintomática), contudo, quando os apresenta, os problemas são traduzidos por corrimento vaginal amarelado, bem viscoso e quase sempre com odor desagradável. Não sendo prontamente tratada, pode haver complicações. No homem leva à infeção na próstata e nos testículos. Na mulher, freqüentemente é causa de salpingite (infeção nas trompas), que causa fortes dores na barriga. A salpingite pela Gonorréia complica-se com obstrução das trompas, sendo causa de esterilidade (impossibilidade de ficar grávida).Embora seja raro a Gonorréia pode evoluir para causar lesões em articulações, fígado e até no cérebro. Durante o parto, a mulher com Gonorréia transmite a doença ao bebê, podendo a criança apresentar problemas nos olhos. A Gonorréia é uma das Doenças Sexualmente Transmissíveis mais freqüente. O causador é uma bactéria, Neisseria gonorrhoeae (Gonococo).
CANCRO MOLE
Popularmente chamado Cavalo, é causado por uma bactéria, Haemophilus ducreyi, e apresenta nos órgãos genitais várias feridas ulceradas, dolorosas, que são acompanhadas de (íngua na virilha (bubão) e desaparecem quando são tratadas. O bubão geralmente se rompe com orifício único.
CONDILOMA ACUMINADO
Ou Crista de Galo, é uma doença causada por um vírus, o Papillomavírus humano. As lesões do Condiloma, também nos órgãos genitais, são do tipo verrugas, lembrando couve-flor. Contudo, em algumas manifestações clínicas podem ser bem diferentes. Em outras ocasiões, um dos parceiros pode apresentar lesões típicas (tipo couve-flor), enquanto o outro parceiro pode não ter lesão evidente, mas ser portador do vírus, também conhecido como HPV.O tratamento do Condiloma Acuminado é feito com substâncias ou intervenções que só os médicos devem manusear, pois podem causar sérios problemas quando usadas sem os cuidados necessários.
LINFOGRANULOMA VENÉREO
Também chamado Mula, é causado por uma bactéria, que é a Chlamydia trachomatis. Inicia-se com discreta lesão nos órgãos genitais, que na maioria dos casos nem é percebida. Causa grande íngua na virilha (bubão), que tende a se romper em múltiplos orifícios. Sua evolução é muita lenta e pode causar elefantíase, que é um aumento acentuado dos órgãos genitais externos. Na mulher, na fase bem avançada da doença, pode também causar estreitamento do ânus.
HERPES GENITAL
É causado por um vírus e sua manifestação maior é a formação de vesículas (pequenas bolhas) que se rompem causando dor, tipo queimação e ardência nos órgãos genitais. A doença aparece e desaparece espontaneamente, estando ligada a fatores desencadeantes como o Stress. Apesar de não se ter, até hoje, uma medicação para o tratamento do Herpes, é errado pensar que a doença não tem cura. É relatado que, afastando os fatores irritantes e traumático, a doença pode ficar sob controle, até que o próprio organismo desenvolva um mecanismo interno de defesa.
URETRITE NÃO GONOCÓCICA
Infeção na uretra mas que não é gonorréia pode ser causada por vários germes. A maioria dos homens com Uretrite não gonocócica apresenta uma leve secreção na uretra (canal do pênis), sente pouca dor e discreta ardência ao urinar. Pode ser uma doença grave quando não tratada. A maior parte das mulheres não possui sintomas da doença; porém, elas podem transmitir a moléstia a seu parceiro.
INFECÇÕES VAGINAIS
São causadas por diferentes germes que provocam corrimento branco-amarelado ou acinzentado, coceira, dor durante a relação sexual, ardor e odor ativo. Na maioria das vezes, os parceiros sexuais não apresentam sintomas, mas podem ser portadores de tais germes. Por isso, pode ser indicado exame médico e conseqüente tratamento dessas pessoas.
CANDIDÍASE
A candidíase é uma infecção causada por fungo do gênero Cândida. A candidíase é uma micose que tem aumentado muito a sua freqüência nos últimos tempos. Constitui-se atualmente em um dos tipos mais comuns de vulvovagininite e é mais frequente na mulher grávida.
Atualmente, aceita-se como frequente a transmissão pela via sexual, embora contaminação, a partir do sistema gastrintestinal, seja bastante comum.
A recidiva ou reinfecção constitui-se um problema crucial da candidíase vulvovaginal. Aceita-se como causas importantes de reinfecção a contaminação a partir do sistema digestivo ou a partir do parceiro sexual.
Na candidíase vulvovaginal recidivante recomenda-se o tratamento da forma vaginal e intestinal e do parceiro
Visando melhorar a eficácia da terapêutica, devem ser observadas: higiene íntima diária com sabão neutro e água, ferver roupas íntimas, proporcionar boa aeração vulvar, evitar uso de roupas de fibras sintéticas ou vestimentas apertadas, e afastar tanto quanto possível, os fatores predisponentes.
O sofrimento e a angústia, causados pela recidiva ou persistência dos sintomas, podem produzir desajuste conjugal e necessitar apoio psicoprofilático.
TRICOMONÍASE
A tricomoníase é uma infecção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis no trato gênito-urinário da mulher e do homem. É o tipo mais frequente de vulvovaginite na mulher adulta.
A via de transmissão principal é o contato sexual, em condições especiais é possível outras formas de transmissão, contudo são estatisticamente desprezíveis.
A tricomoníase é a infecção que mais se associa a outras D.S.T.
No homem – Na quase totalidade dos casos é assintomático, mas alguns apresentam quadro clínico típico de uma uretrite não gonocócica acrescido de prurido no meato uretral ou sensação de fisgadas na uretra.
Na mulher – A ausência de sintomas ocorre com freqüência nas mulheres infectadas de Tricomonas. Entretanto como estas são capazes de transmitir a doença e a maioria apresentarão manifestações clínicas, devem ser tratadas.
O tratamento deve ser simultâneo para os parceiros sexuais. Procure serviços de saúde em caso de duvidas.
SIDA/AIDS
A Sida/Aids (Síndrome de Imunodeficência Adquirida), é uma doença causada pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH ou HIV) que infecta principalmente as células necessárias à defesa do organismo, permitindo que outros vírus, fungos, bactérias ou protozoários causem a morte do indivíduo. O HIV transmite-se através da relação sexual sangue contaminado e por via placentária.
Adoecem mais facilmente:
os homens com hábitos homossexuais porque a mucosa do intestino, inclusive o reto, tem receptores para o vírus.
as pessoas transfundidas com sangue e derivados contaminados, já que uma única transfusão é suficiente para infectar o indivíduo.
os usuários de drogas por via venosa que fazem uso em grupo (cocaína, heroína, etc., suprimem fortemente a imunidade);
os parceiros sexuais dos pacientes contaminados HIV positivos;
as crianças que nascem de mães infectadas.
As mulheres mesmo não sendo boas transmissora do vírus podem contaminar seus parceiros, contudo são receptoras naturais do esperma contaminado.
O período de incubação varia de algumas semanas a alguns meses, dependendo da via de contaminação. Após este prazo o doente pode apresentar a fase aguda cujos sintomas variam desde uma simples gripe até formas com febre, diarréia, aumento de gânglios, infecções de garganta, fígado e baço aumentados, meningites, etc.
Depois de trinta dias, aparecem os anticorpos contra o HIV e o paciente fica sem sintomas, apesar de contaminante, por vários anos, até que fatores externos (outras viroses, outras causas) diminuam a sua resistência, facilitando as infecções oportunistas e os cânceres característicos da Aids.
Os primeiros sintomas desta síndrome podem ser febre elevada e contínua, diarréias intermitentes e prolongadas, emagrecimento acentuado e mais tarde o aparecimento das outras infecções, sendo a mais comum a candidíase oral (sapinho na boca).
O tratamento inclui a manutenção do bem-estar do doente, o controle da multiplicação do vírus, o controle das infecções oportunistas e das neoplasias.
Não há até o momento nenhum medicamento que elimine o HIV.
Na prevenção da doença, destacam-se:
o uso de preservativos (camisinha) e espermaticidas nas relações sexuais com parceiros mal conhecidos;
a redução do número de parceiros sexuais;
fazer teste de cada sangue doado com provas de antígenos e anticorpos do HIV;
o uso de seringas e agulhas esterelizadas ou descartáveis individuais para quem é dependente de drogas injetáveis; assim como em todas as injeções;
facilitar os métodos anticoncepcionais para diminuir possibilidades de gravidez em mulheres infectadas, em idade fértil.
IMPORTANTE
A Sida/Aids não pega pela convivência em casa ou no trabalho, nem pelo beijo, abraço, aperto de mão, uso de banheiros, toalhas, roupas, talheres, copos e pratos, doação de sangue e picadas de insetos.
O QUE É O TESTE SOROLÓGICO PARA SÍFILIS?
Sífilis é uma doença causada por uma bactéria, Treponema pallidum, que na maioria das vezes, é transmitida através da relação sexual. O tratamento é fácil e barato, quando realizado em tempo e de maneira eficaz, sendo a cura completa.
Inicialmente, apresenta ferida nos órgãos genitais, que não dói e desaparece sem qualquer tratamento. Posteriormente, surgem manifestações na pele, que podem lembrar intoxicação por alimentos ou alergias. Estas também podem desaparecer sem tratamento, o que não quer dizer que a doença tenha sido curada. Ela continua a evoluir, atacando o organismo por dentro e causando lesões importantes, podendo até levar à morte.
Tudo isso quando não houver tratamento.
A freqüência da sífilis e maior que imaginamos e uma das maneiras de descobri-la e através de um exame: sorologia para sífilis ou sorologia para lues ou VDRL. Este exame detecta e quantifica os anticorpos (soldados de defesa do organismo) que aparecem no sangue em torno de cinco semanas após a contaminação. Portanto, testes realizados muito antes deste tempo podem não ter valor.
Após o tratamento, e necessario que o paciente seja submetido ao teste periodicamente, para se avaliar a eficacia do tratamento.
É comum a pessoa que teve a doença e que fez o tratamento correto apresentar teste reator, (positivo) porém com pequena quantidade de anticorpos. É o que se chama de “cicatriz” sorologica e indica que o paciente teve sífilis, mas esta curado.
Nosso Setor faz de rotina a sorologia para sífilis dos pacientes que nos procuram, e que desejam, contribuindo dessa forma para diagnosticar cada vez mais pessoas com a doença e promover a diminuição da incidência da sífilis, doença tão antiga e bastante grave, quando não tratada.
PREVENINDO O CÂNCER
É fundamental que as mulheres procurem auxílio médico, para, uma vez por ano, serem submetidas a exame ginecológico e exame das mamas.
Mesmo as que não mantenham relação sexual, devem fazer preventivo todos os anos.
Os homens devem vencer os preconceitos e procurar auxílio médico para exame da próstata a cada um ano, principalmente após os 45 anos de idade.
NÃO ESQUEÇA
Essas doenças podem acometer a todos nós, por isso não fique com vergonha. Não procure um amigo leigo ou uma farmácia, pois isso fará aparecer erros grosseiros no diagnóstico e tratamento. O prejudicado será você. PROCURE UM SERVIÇO DE SAÚDE.
Não mantenha relação sexual DE MANEIRA ALGUMA , caso seja portador de uma Doença Sexualmente Transmissível. Avise o parceiro sexual, caso você apresente algumas dessas doenças, para que ele também possa procurar um médico. SEMPRE. Cumpra rigorosamente o que seu médico aconselhar. ESSAS DOENÇAS PODEM AGRAVAR-SE MUITO. Quanto mais parceiros sexuais um pessoa possui, maior a possibilidade de contrair tais doenças. O homem pode diminuir o contágio usando preservativo de látex (camisinha). Para os dois sexos, a lavagem com água e sabão dos órgãos genitais antes e após a relação é uma medida excelente. "Camisinha" ou preservativo vem enrolado e tem em sua parte superior uma saliência, onde se depositará o material ejaculado. Deverá ser desenrolado sobre o pênis ereto, mantendo-se a saliência comprimida para retirar o ar antes de se iniciar a relação sexual. Desenrole a camisinha até a base do pênis, deixando-a ainda um pouco enrolada para pressionar e mantê-la segura. Se você tiver fimose, rebaixe o prepúcio antes de desenrolar a camisinha. Caso você ache que a lubrificação que já vem na camisinha seja pouca, passe mais lubrificante á base de água depois de desenrolá-la. Não lubrifique o pênis antes de vestir a camisinha. O pênis deve ser retirado ainda ereto da vagina, firmando-se a parte final do preservativo, segurando-a pela base para que a camisinha não fique dentro do parceiro. Depois de retirada, dê um nó e jogue-o no cesto de lixo. Nunca usar o preservativo mais de uma vez. Utilize apenas lubrificantes solúveis em água.
USO CORRETO DO PRESERVATIVO MASCULINO - OBSERVE O FILME.
PRESERVATIVO FEMININO
Conhecida como FEMIDON, a camisinha feminina é um método recente, que ainda não está aprovado pelo Ministério da Saúde, pois está em fase de testes em São Paulo, tendo conseguido os seguintes resultados, de 96 mulheres das diversas camadas sociais, 75% gostaram muito, 17,5% dos homens afirmaram que não gostaram nada; do total quase 90% das mulheres e 62,6% dos homens disseram que gostariam de continuar usando o método.
Sua apresentação é parecida com um saco plástico, lubrificado, que deve ser inserido dentro da vagina se adaptando anatomicamente ao colo do útero, não deixando
os espermatozóides passarem, no lado de fora fica um anel bem acomodado na região da vulva.
Como todo produto contraceptivo há suas vantagens e desvantagens. Como vantagem maior podemos citar a proteção contra as DST, porém sendo um pouco desconfortável, possui colocação demorada e requer um pouco de pratica.
ATENÇÃO
Com tantos locais disponíveis fazendo o teste anti-HIV (inclusive o Setor de DST/UFF), e Bancos de sangue, não se justifica o temor de doar sangue. No caso da AIDS, a doação de sangue não representa risco para o doador. É necessário que o doador tenha consciência desses fatos e não transforme uma ação humanitária em risco para o doente que irá receber o sangue. Se o estilo de vida do doador coloca em risco de contágio, deve-se evitar a doação. Por outro lado, se tal risco não existe, não deve-se negar a vida aos que precisam. Não se justifica a procura de um Banco de Sangue, para doação, com a única finalidade de fazer o exame.
ASPECTOS PSICOSSOCIAIS DAS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS
Relatam Kolondy, Master e Jonhson que a maioria das pessoas reage à notícia de que estão com uma DST, com incredulidade e raiva. Infelizmente, algumas pessoas mostram-se tão relutantes em admitir que possam estar com uma DST, que adiam a ida ao médico como meio de negar a realidade da situação, como se fingir que uma doença não existe a fizesse ir embora, visto que a maioria dos sintomas das DST desaparecem em poucas semanas, esses indivíduos enganam a si mesmos pensando que "afinal de contas não foi nada": continuam a abrigar a doença no corpo e expõe também os parceiros sexuais ao risco de uma infecção.
Algumas pessoas relutam em ir a um médico quando apresentam sintomas de uma possível DST, porque têm receio de receber um sermão ou preocupam-se com o sigilo com que o caso será tratado.
Nem sempre uma infecção ou outra alteração nos órgãos genitais interfere na sexualidade do indivíduo acometido ou de seu parceiro sexual. Tal aspecto varia para cada pessoa onde sofre influência do tipo da doença adquirida, da reação emocional desencadeada em si e/ou em seu parceiro, possibilidade de atenção médica, psicológica, social adequada e rápida, da possibilidade imediata de diagnóstico, tratamento e acompanhamento, segurança na confiabilidade do atendimento, entre outros.
Embora as DST normalmente não interfiram com o componente físico da atividade sexual, algumas pessoas se vêem com dificuldades sexuais devidos aos efeitos psicológicos trazidos pela descoberta de que estão com uma DST. Muitas vezes, esses indivíduos sentem-se culpados e constrangidos em relação ao que aconteceu. Por vezes, concluem que a doença foi uma maneira de Deus adverti-los ou puni-los por transgressões sexuais. Visto que igualam sexo a pecado, não é de supreender que essas pessoas manisfestam, ocasionalmente, inibições sexuais.
Para que as pessoas possam pensar com naturalidade a respeito do sexo, é necessário que tenham recebido orientação e informações sobre sexualidade e que essas informações tenham sido passadas adequadamente, a fim de que se possa dizer que os indivíduos, que as receberam, foram educados sexualmente.(VENCER PRECONCEITOS É FALAR DE FRENTE).
quarta-feira, fevereiro 21, 2007
Romantismo
ARTES PLÁSTICAS –O romantismo chega à pintura no início do século XIX. Na Espanha, o principal expoente é Francisco Goya (1746-1828). Na França destaca-se Eugène Delacroix (1798-1863), com sua obra Dante e Virgílio. Na Inglaterra, o interesse pelos fenômenos da natureza em reação à urbanização e à Revolução Industrial é visto como um traço romântico de naturalistas como John Constable (1776-1837). O romantismo na Alemanha produz obras de apelo místico, como as paisagens de Caspar David Friedrich (1774-1840).
LITERATURA –A poesia lírica é a principal expressão. Também são freqüentes os romances. Frases diretas, vocábulos estrangeiros, metáforas, personificação e comparação são características marcantes. Amores irrealizados, morte e fatos históricos são os principais temas. O marco da literatura romântica é Cantos e Inocência (1789), do poeta inglês William Blake (1757-1827). O livro de poemas Baladas Líricas, do inglês William Wordsworth (1770-1850), é uma espécie de manifesto do movimento. O poeta fundamental do romantismo inglês é Lord Byron (1788-1824). Na linha do romance histórico, o principal nome é o escocês Walter Scott (1771-1832). Na Alemanha, o expoente é Goethe (1749-1832), autor de Fausto.
O romantismo impõe-se na França no fim da década de 1820 com Victor Hugo (1802-1885), autor de Os Miseráveis. Outro dramaturgo e escritor francês importante é Alexandre Dumas (1802-1870), autor de Os Três Mosqueteiros.
MÚSICA –Os compositores buscam liberdade de expressão. Para isso, flexibilizam a forma e valorizam a emoção. Exploram as potencialidades da orquestra e também cultivam a interpretação solo. Resgatam temas populares e folclóricos, que dão ao romantismo caráter nacionalista.
A transição do classicismo musical, que acontece já no século XVIII, para o romantismo é representada pela última fase da obra do compositor alemão Ludwig van Beethoven (1770-1827). Nas sonatas e em seus últimos quartetos de cordas, começa a se fortalecer o virtuosismo. De suas nove sinfonias, a mais conhecida e mais típica do romantismo é a nona. As tendências românticas consolidam-se depois com Carl Maria von Weber (1786-1826) e Franz Schubert (1797-1828).
O apogeu, em meados do século XIX, é atingido principalmente com Felix Mendelssohn (1809-1847), autor de Sonho de uma Noite de Verão, Hector Berlioz (1803-1869), Robert Schumann (1810-1856), Frédéric Chopin (1810-1849) e Franz Liszt (1811-1886). No fim do século XIX, o grande romântico é Richard Wagner (1813-1883), autor das óperas românticas O Navio Fantasma e Tristão e Isolda.
TEATRO –A renovação do teatro começa na Alemanha. Individualismo, subjetividade, religiosidade, valorização da obra de Shakespeare (1564-1616) e situações próximas do cotidiano são as principais características. O drama romântico em geral opõe num conflito o herói e o vilão. Os dois grandes expoentes são os poetas e dramaturgos alemães Goethe e Friedrich von Schiller (1759-1805). Victor Hugo é o grande responsável pela formulação teórica que leva os ideais românticos ao teatro. Os franceses influenciam os espanhóis, como José Zorrilla (1817-1893), autor de Don Juan Tenório; os portugueses, como Almeida Garrett (1799-1854), de Frei Luís de Sousa; os italianos, como Vittorio Alfieri (1749-1803), de Saul; e os ingleses, como Lord Byron (1788-1824), de Marino Faliero.
ROMANTISMO NO BRASIL –O romantismo surge em 1830, influenciado pela independência, em 1822. Desenvolve uma linguagem própria e aborda temas ligados à natureza e às questões político-sociais. Defende a liberdade de criação e privilegia a emoção. As obras valorizam o individualismo, o sofrimento amoroso, a religiosidade, a natureza, os temas nacionais, as questões político-sociais e o passado.
Artes plásticas –Os artistas dedicam-se a pinturas históricas, que enaltecem o Império e o nacionalismo oficial. Exemplos são as telas A Batalha de Guararapes, de Victor Meirelles (1832-1903), e A Batalha do Avaí, de Pedro Américo. O romantismo também influencia as obras dos pintores Araújo Porto Alegre (1806-1879) e Rodolfo Amoêdo (1857-1941).
Literatura –O marco inicial do romantismo brasileiro é a publicação, em 1836, de Suspiros Poéticos e Saudades, de Gonçalves de Magalhães (1811-1882). A produção literária passa por quatro fases. A primeira (1836-1840) privilegia o misticismo, a religiosidade, o nacionalismo e a natureza. Seus expoentes são Araújo Porto Alegre e Gonçalves de Magalhães.
Na segunda (1840-1850) predominam a descrição da natureza, a idealização do índio e o romance de costumes. Os destaques são Gonçalves Dias, poeta de Canção dos Tamoios, José de Alencar, autor de O Guarani, e Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882), de A Moreninha.
Na terceira (1850-1860), o nacionalismo intensifica-se e preponderam o individualismo, a subjetividade e a desilusão. Na poesia sobressaem Álvares de Azevedo, de Lira dos Vinte Anos, Casimiro de Abreu (1839-1860), de Primaveras, e Fagundes Varela (1841-1875), de Cantos e Fantasias. Na prosa consolidam-se as obras de José de Alencar, com Senhora, e Bernardo Guimarães (1825-1884), com A Escrava Isaura. Destaca-se ainda Manuel Antônio de Almeida (1831-1861), com Memórias de um Sargento de Milícias.
Na última fase (1860-1880), época de transição para o realismo e o parnasianismo, prevalece o caráter social e liberal ligado à abolição da escravatura. O grande nome na poesia é Castro Alves, autor de O Navio Negreiro. Outro poeta importante é Sousândrade (1833-1902), de Guesa. Na prosa destacam-se Franklin Távora (1842-1888), de O Cabeleira, e Machado de Assis, em suas primeiras obras, como Helena. Com o romantismo surgem as primeiras produções do regionalismo, que retrata de forma idealizada tipos e cenários de regiões do país.
Música –Os compositores buscam liberdade de expressão e valorizam a emoção. Resgatam temas populares e folclóricos, que dão ao romantismo caráter nacionalista. A ópera se desenvolve no país. Seus principais representantes são Carlos Gomes, autor de O Guarani, e Elias Álvares Lobo (1834-1901). Eles são auxiliados por libretistas como Machado de Assis e José de Alencar. Em 1863 estréia Joana de Flandres, de Carlos Gomes, com texto em português. A última ópera apresentada nesse período é O Vagabundo, de Henrique Alves de Mesquita (1830-1906). Uma segunda fase do movimento é marcada pelo folclorismo. Sobressaem Alberto Nepomuceno (1864-1920) e Luciano Gallet (1893-1931).
Teatro –Desenvolve-se a partir da chegada da corte portuguesa, em 1808. A primeira peça é a tragédia Antônio José ou o Poeta e a Inquisição (1838), de Gonçalves de Magalhães, encenada por João Caetano (1808-1863). Martins Pena, autor de O Noviço, é considerado o primeiro dramaturgo brasileiro importante. Individualismo, subjetividade, religiosidade e situações cotidianas são as principais características do período.
Veja poesias:
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Ventos
Eu sou homem pecador
Não posso gozar tua paz
Não sabes o que é amor.
A morte faz guarda no portão
Com invisíveis lâminas afiadas
Que até ao vento impuro destroça
E te acerca, o teu universo extenso,
O negro véu suspenso
Onde o pecado nu se amostra.
Tuas veredas estão tristes, vazias...
Daqui, eu posso vê-las;
Tu, porém nada vê
Além de espaço e estrelas.
Folhas secas apodrecem ao chão
Sem pés que, por prazer, as pise;
O vento as arrancou em vão
E nos ramos escapelados brotam viçosos botões,
Que ao beijo do sol se abrem,
Mas os reprime soturnos lampejos em ecos de trovão.
Contudo, ao vento sonial muralha alheia não o detém,
Teus viçosos rebentos se lançarão à sorte os pólens
Que no sopro dos sonhos irão pousarem-se nas flores d’além.
Formosos rebentos
Cuja vitalidade e anseios varonis,
Hão de levar alento
Às camélias e dafnes d’outros jardins vis.
É o teu corpo luz
_ flor da procriação _
Eu sou o sexo dos ventos
Teu corpo seduz meu hálito
Beijo-te a corola com sêmen da renovação.
Deus está sentado no seu palácio de cristal
_ e nos contempla _
Ouvindo anjos cantarem hinos
Enquanto rezo nosso destino
em contas de gotas de diamante.
A cada sonho virgíneo de vento e botão
Um riso divino de glória e contemplação.
Certamente frutificarão nossos brotos
Eclodirão novas sementes
As quais também se libertarão
dos dogmas dos antecedentes.
Monótono permanecerá teu paraíso
Tu só, chorando a primavera ausente.
Eu aguardo no portão,
Olhos fixos na cortina do tempo,
Tu sabes que não me é permitido entrar
Mas tu podes sair nas asas no vento.
Deus esta sentado no seu palácio de cristal
Ouvindo o eterno canto dos anjos
Enquanto reza o nosso destino
No seu velho rosário dos anos,
Suspira em deleite a sorte de ser Deus
Afaga as frias contas brilhantes
Deixando o livre arbítrio _ a felicidade_
À sorte dos filhos errantes.
Veja:
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Transe
Ontem, antes de morrer, eu tive uma visão linda:
Eu vi uma imagem de gente
Eu vi uma paisagem de sonho na imagem de gente.
Soprava uma brisa perfumada:
Tinha cheiro de vida
Um cheiro quente;
Tinha gosto de cheiro: Pão!
Pão de queijo hortelã e goiabada
Eu sabia o que era
Só não sabia de onde vinha
Era pão!?
Era pão.
Era mulher: Mulher-pão!
Pão ázimo
Pão-de-brisa
Pão-de-mel
Pão dos anjos
Pão dos aflitos
Pão-de-ló
Pão do espírito
Pão-beijo
Pão da alma
Pão, pão, queijo, queijo
Pão-desejo
... Eu não sabia que pão!
Pão caseiro
Pão eucarístico
Pão-de-cada-dia?...
Pão bento
Pão santo...
O verde era verdura
O colorido era flor e fruto
O tempo era só dia
Cristal d’água corrente
Às vezes corrente;
Ia.
Eu era vento
Um vento manso
Manso e bruto
E pensava ser semente...
Mas também era pão
Pão em semente
Pão d’água
De água e pão...
Foi ontem!
Ontem, antes de eu morrer;
Antes de eu morrer anteontem.
Hoje eu já tô morrendo
Mas ainda não vi nada
Nem sequer sonhei
Ta tão longa essa madrugada!...
Sinto um calor!...
Um calor de sol...
Uma friagem!...
Cheiro de flores...
Flores de pão?!
Não sei!...
É sol!
Aquele sol que sonhei!
Ontem
Veja:
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terça-feira, fevereiro 20, 2007
Paixão
E Deus chorou tanto tanto que adormeceu exausto.
Ele sabia, mas não acreditava
Que seu filho, homem, seria capaz:
De suportar aquela cruz
E com tantos tropeços e quedas
Erguer-se-ia para ir até o fim.
Ele sabia, mas não acreditava
Que Ele homem suportaria:
O reinado de humildade
A traição dos servos
A coroa de espinhos
Os cravos martelado-Lhe
A lança...
A sede...
O fel...
O frio...
O abandono.
E ainda dedicar-Lhe o último suspiro
Uma declaração de amor
E o pedido de perdão!?
Ele sabia, mas não acreditava
Que Ele, seu Filho homem, acreditava.
Ele sabia, mas não acreditava
Que seu filho homem acreditava
Que era seu filho e imagem semelhança.
Ele sabia, mas não acreditava
Que todos fossemos irmãos
Filhos e deuses.
Naquele dia Deus chorou tanto tanto que adormeceu exausto.
E no seu antigo mundo de sonho sonha com seu primogênito
Outro universo.
domingo, fevereiro 18, 2007
Um filho e seu pai caminhavam por uma montanha. De repente o menino cai, se machuca e grita:
- Aaaí!!!
Para sua surpresa escuta a voz se repetir, em algum lugar da montanha:
- Aaaí!!!
Curioso pergunta:
- Quem é você?
Recebe como resposta?
- Quem é você?
Contrariado grita:
- Seu covarde!
Escuta como resposta:
- Seu covarde!
Olha para o pai e pergunta, aflito:
- O que é isso?
O pai sorri e fala:
- Meu filho, preste atenção.
Então o pai grita em direção a montanha;
- Eu admiro você!
A voz responde:
- Eu admiro você!
De novo, o homem grita:
- Você é um campeão!
A voz responde:
- Você é um campeão!
O menino fica espantado. Não entende,
Então o pai explica:
- As pessoas chamam isso de eco, mas na verdade, isso é a vida. Ela lhe dá de volta tudo o que você diz.
Nossa vida é simplesmente o reflexo de nossas ações. Se você quer mais amor no mundo, crie mais amor no seu coração. Se voc6e quer mais competência da sua equipe, desenvolva a sua própria competência.
O mundo é somente prova da nossa capacidade.
Tanto no plano pessoal quanto profissional e espiritual, a vida vai lhe dar de volta o que você deu a ela.
A nossa empresa somos nós. Sua vida não é uma coincidência, é consequência de você. Tem a sua cara, é exatamente do tamanho de sua visão de mundo.
sábado, fevereiro 17, 2007
Perfeição
Arte de Amar
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus — ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.