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domingo, janeiro 18, 2009

Meu pai

O meu pai...

É um esqueleto esbelto, forte, moreno

queimado de sol, movendo-se

Sob um velho chapéu de feltro.

Nas costas a enxada Zap, deitada e bem acunhada;

Olhar pasmo de encanto, tristeza ou decepção.

As plantas, os animais, a aurora, o vento, os crepúsculos, a fé;

À hora d’ângelus o rosário, a oração...

Isso alimenta seu estado de espírito

Embora seja, ele, hoje, só Espírito.

Perdoe-me pai, a ausência.

A benção, meu pai!

Alegre-se, chove!

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