Bernardo Soares é um tipo particular, especial, dentre os heterônimos do poeta e escritor português Fernando Pessoa. É o autor do Livro do Desassossego, escrito em forma de fragmentos. Embora, Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis sejam os mais conhecidos, valorizados e admirados pela crítica litérária, o humilde Bernardo Soares tráz oculto nas profundezas do seu ímtimo uma riqueza sobrenatural que, embora imperceptivel a muitos, reluz como um embriões de estrelas reluzentes. O Livro do Desassossego, apesar de fragmentário, é considerado uma das obras fundadoras da ficção portuguesa no século XX, ao encenar na linguagem categorias várias que vão desde o pragmatismo da condição humana até o absurdo da própria literatura. Isso já deveria ser de valor suficiente para que fosse recomendado para estudo em todas as instituições de ensino do mundo, pois, se trata de uma arte necessári na formação e continuidade de equilíbrio do espírito humano, a arte de pensar. Não diferente dos outros heterônimos, irmãos de conflitos de pensamento num harmonioso equilibrio de compreensão imtimidadora e livre, nas suas frases curtas e objetivas é precebível o maior percentual de proximidad entre o indivíduo fictício e o hmem “Pessoa”. Bernardo Soares é, dentro da ficção de seu próprio livro, um simples ajudante de guarda-livros na cidade de Lisboa. É considerado um semi-heterónimo porque, como seu próprio criador explica "não sendo a personalidade a minha, é, não diferente da minha, mas uma simples mutilação dela. Sou eu menos o raciocínio e afectividade."
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