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quinta-feira, setembro 27, 2012

Pra nós da periferia



O dia se torna indigesto
Para quem mora na periferia
Se nas primeiras horas do dia
Noticias tem d’algum protesto.

O caçula fica sem o beijo
Falta cuidados pro cão,
E saindo de vestes errada
Precipita-se ao trancar o portão.

O bom senso perde pra aflição
Prevê-se a perda de salário
E status na obrigação.

Se nem mesmo o pão de queijo, tapioca, café ou chimarrão
Muda a cara do dia,
O que diria você, no caso de demissão?


São Paulo tornara-se um caos
Perde-se o rumo toda a estrutura
E a política de má postura
Gerencia-nos para mau.

Uma cidade não é feita apenas de bens
De valores da bolsa e concreto
Importantes são pequenos itens
De valores supremos, porém discretos.

Contudo, apesar de todos os defeitos
Todos guardam São Paulo no peito
Como família, cidade, ou nação;

E a cada político eleito
Espera-se resgatar o respeito
Do estado e população.

A CPTM encurtou os trens
A viagem ficou mais demorada
E no percurso com muitas paradas
Rouba-nos a dignidade também.

Os ônibus em horário de pico não param
Nos pontos de grande movimento,
E o caos provocado naquele momento
Afeta a qualquer cidadão;

E em meio a tantos juros e impostos
Revelam-se culpados e supostos
Formadores de corrupção.

E no fim das contas só aumenta o dilema
E tudo não passa de um novo tema
Que repercute e envergonha a nação.

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